.h-captcha{position:relative;display:block;margin-bottom:2rem;padding:0;clear:both}.h-captcha[data-size="normal"]{width:303px;height:78px}.h-captcha[data-size="compact"]{width:164px;height:144px}.h-captcha[data-size="invisible"]{display:none}.h-captcha::before{content:'';display:block;position:absolute;top:0;left:0;background:url(/wp-content/plugins/hcaptcha-for-forms-and-more/assets/images/hcaptcha-div-logo.svg) no-repeat;border:1px solid #fff0;border-radius:4px}.h-captcha[data-size="normal"]::before{width:300px;height:74px;background-position:94% 28%}.h-captcha[data-size="compact"]::before{width:156px;height:136px;background-position:50% 79%}.h-captcha[data-theme="light"]::before,body.is-light-theme .h-captcha[data-theme="auto"]::before,.h-captcha[data-theme="auto"]::before{background-color:#fafafa;border:1px solid #e0e0e0}.h-captcha[data-theme="dark"]::before,body.is-dark-theme .h-captcha[data-theme="auto"]::before,html.wp-dark-mode-active .h-captcha[data-theme="auto"]::before,html.drdt-dark-mode .h-captcha[data-theme="auto"]::before{background-image:url(/wp-content/plugins/hcaptcha-for-forms-and-more/assets/images/hcaptcha-div-logo-white.svg);background-repeat:no-repeat;background-color:#333;border:1px solid #f5f5f5}.h-captcha[data-theme="custom"]::before{background-color:initial}.h-captcha[data-size="invisible"]::before{display:none}.h-captcha iframe{position:relative}div[style*="z-index: 2147483647"] div[style*="border-width: 11px"][style*="position: absolute"][style*="pointer-events: none"]{border-style:none}

Plenária de abertura da COP29 em Baku: organizações, ambientalistas e cientistas cobram medidas para contar lobistas que agem contra políticas climáticas na COP30 (Foto: Kamran Guliyev / COP29 - 11/11/2024)

Organizações cobram medidas contra conflitos de interesses na COP30

Organizações cobram medidas contra conflitos de interesses na COP30

Por Oscar Valporto ODS 13

Conferências anteriores foram marcadas pela influência de lobistas de combustíveis fósseis e do agronegócio, comprometendo o avanço das políticas para conter a crise climática

Publicada em 18 de março de 2025 - 13:40 • Atualizada em 14 de maio de 2025 - 09:37

Mais de 260 organizações, ambientalistas e cientistas de diversos países am uma carta cobrando mecanismos eficazes de transparência e medidas contra a influência indevida nas negociações climáticas. O documento, divulgado nesta terça-feira (18), foi enviado ao governo brasileiro, que preside a COP30, e ao Secretariado da UNFCCC (Convenção da ONU sobre o Clima).

Em COPs anteriores, como a que ocorreu em 2024 no Azerbaijão, houve presença massiva, mas pouco visível, de lobistas de petróleo e outros setores econômicos com alto impacto no clima. Como consequência, essas indústrias têm conseguido bloquear a implementação de medidas necessárias para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Influência indevida nas COPs.

Na carta, organizações, redes e indivíduos signatários afirmam que “por muito tempo, lobistas do ramo de combustíveis fósseis têm inundado” as  Conferências das Partes (COPs), que deveriam ser  espaços de negociação climática global . “Ao lado de outras indústrias altamente poluidoras (por exemplo, o setor agropecuário no Brasil), os lobistas têm atrasado os processos de eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, de redução das emissões e de proteção das comunidades afetadas. À medida que as temperaturas globais atingem níveis irreversíveis, nós não podemos mais permitir essa interferência”, afirmam os signatários.

Gostando do conteúdo? Nossas notícias também podem chegar no seu e-mail.

Veja o que já enviamos

“Hoje, nós – uma coalizão de organizações, defensores e cidadãos que acreditam que a transparência e ability são essenciais para uma ação climática significativa – instamos a Presidência brasileira da COP 30 e a UNFCCC a combater a influência indevida das indústrias altamente poluidoras nas negociações climáticas e a restaurar a confiança nos processos da COP”, continua o texto.

A carta foi coordenada pelo Secretariado da Transparência Internacional e pela Transparência Internacional – Brasil e assinada por organizações brasileiras e internacionais, como WWF, Instituto Socioambiental (ISA), Greenpeace, Global Witness, Oxfam e Anistia Internacional; por cientistas como o climatologista brasileiro Carlos Nobre; e por redes e coalizões, como a Climate Action Network e o Observatório do Clima.

Oportunidade para o Brasil

A carta foi enviada ao presidente Lula, ao presidente da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, e à CEO da COP30, Ana Toni; também foi encaminhada ao secretário-executivo da UNFCCC, Simon Stiell. “A liderança brasileira tem a oportunidade única de restabelecer o curso da diplomacia climática”, sinaliza o documento.

Segundo a coordenadora do Programa de Integridade Socioambiental da Transparência Internacional – Brasil, Olivia Ainbinder, as medidas defendidas na carta são uma oportunidade para o Brasil implementar novos padrões de transparência e de enfrentamento à influência indevida nas COPs. “A influência indevida de setores altamente poluidores nas negociações climáticas compromete o futuro do planeta. Nossa carta propõe medidas concretas para garantir que a COP30 seja um marco na governança climática global e que o Brasil lidere um novo padrão de transparência nas COPs”, afirma Ainbinder.

No documento, organizações e especialistas cobram a adoção de padrões de transparência mais robustos e medidas para combater a influência indevida nas COPs, como a exclusão de lobistas de setores poluidores das delegações dos Estados, a implementação e a divulgação de declarações de interesses dos organizadores do evento e das delegações.

A carta também aponta a necessidade de aprimoramento dos critérios de escolha dos próximos países anfitriões, para que as conferências não ocorram em países autoritários e pouco comprometidos com a agenda climática, como nas últimas três edições do evento (Egito, Emirados Árabes Unidos e Azerbaijão).

Com a COP30 marcada para novembro, em Belém, as organizações alertam que a implementação dessas medidas será essencial para restaurar a confiança no processo climático global e garantir que as negociações avancem de forma transparente e comprometida com a urgência da crise climática.

Mais Lidas

Oscar Valporto

Oscar Valporto é carioca e jornalista – carioca de mar e bar, de samba e futebol; jornalista, desde 1981, no Jornal do Brasil, O Globo, O Dia, no Governo do Rio, no Viva Rio, no Comitê Olímpico Brasileiro. Voltou ao Rio, em 2016, após oito anos no Correio* (Salvador, Bahia), onde foi editor executivo e editor-chefe. Contribui com o #Colabora desde sua fundação e, desde 2019, é um dos editores do site onde também pública as crônicas #RioéRua, sobre suas andanças pela cidade

Newsletter do #Colabora

A ansiedade climática e a busca por informação te fizeram chegar até aqui? Receba nossa newsletter e siga por dentro de tudo sobre sustentabilidade e direitos humanos. É de graça.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *